Atividades de junho/2016
CURSO:
Relações Raciais e de Gênero no âmbito do trabalho e das profissões: focalizando a transição do trabalho escravo para o trabalho livre
A proposta deste curso emerge a partir da linha de pesquisa Relações Raciais e de Gênero no âmbito do trabalho e das profissões: focalizando as facetas do emprego doméstico em diversos contextos culturais, a qual tem como objetivo sistematizar, analisar e disseminar, sob a forma de pesquisas e bancos de dados, informações acerca das desigualdades étnico/raciais e de gênero no espaço de trabalho e nas profissões. Focaliza a partir da interdisciplinaridade o emprego doméstico verificando como as diversas áreas do conhecimento humano tem abordado o emprego doméstico, bem como as transformações ocorridas nas esferas das identidades individuais e coletivas dessas profissionais nacional e internacionalmente. Esta linha está inserida no NEPGREG.
Especificamente, neste curso estaremos estudando o processo de construção da nação no contexto da transição do trabalho escravo para o trabalho livre. Utilizaremos entre os textos básicos os livros do autor Ramatis Jacino, a saber: O BRANQUEAMENTO DO TRABALHO E TRANSIÇÃO E EXCLUSÃO: O NEGRO NO MERCADO DE TRABALHO EM SÃO PAULO PÓS-ABOLIÇÃO - 1912/1920. Esses trabalhos constatam a significativa exclusão do mercado de trabalho enfrentado pela população negra nas primeiras décadas do século XX embasada na proposta de “branquear” o mercado de trabalho por parte das elites, negando ao homem e a mulher negra ocupações valorizadas socialmente e melhor remuneradas, privilegiando os imigrantes europeus. Percebe, ainda que mesmo as históricas “ocupações de negros”, nos serviços domésticos, no comércio de rua, no atendimento à saúde e demais atividades até então consideradas desprezíveis para brancos, foram intensamente disputadas pelos europeus, favorecidos por “ações administrativas” protagonizadas pelas elites abastadas da cidade e pela legislação que, implícita, e em alguns casos, explicitamente proibia que homens e mulheres negras trabalhassem em determinações ocupações.
Também demonstram que a legislação discriminatória e as ações das elites da cidade foram resultantes de uma ideologia racista que relacionava modernidade, desenvolvimento, evolução econômica e social ao desaparecimento das marcas da escravidão recente e, consequentemente, do seu maior símbolo o ex- escravizado.
As bases históricas serão referências para as discussões das condições de trabalho dos negros na atualidade
Objetivos
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Discutir as bases históricas, políticas e economicas da transição do trabalho escravo para o trabalho livre;
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Refletir sobe as bases históricas do trabalho doméstico como aglutinador da força de trabalho feminino;
Metodologia
Esse curso terá uma carga horária de 68h sendo realizado na modalidade semi-presencial. Utilizaremos como recurso a plataforma moodle/UFBA, bem como será cadastrado no SIATEX- Sistema de Registro de Acompanhamento de Atividades de Extensão para a obtenção da certificação.
O curso será realizado em 3 módulos, a saber:
I Módulo
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O negro no Brasil no século XIX
(Discutindo raça/etnia e gênero: uma proposta de olhar a história; Discussão históriográfica, abolição e exclusão, urbanização e mercado de trabalho).
Progresso e Abolição.
Textos complementares:
II Capítulo do Livro Etnicidade, Gênero e Educação - Trajetória de vida de Laudelina Campos Melo
II Módulo
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Transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
(o trabalho na transição, ideologia para a transição e sua materialização na legislação, estratégias dos proprietários para a transição, o emprego doméstico).
(Crescimento, urbanização e trabalho, resistências, lutas e organizações de brancos e negros)
III Módulo
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Negros e brancos no mercado de trabalho
(Espaços brancos e espaços negros; as estastíticas e demografia do trabalho).
Projeto Permanente -
Inscrições: 23 de maio à 12 de junho de 2016
Data de inicio do primeiro - 14 junho de 2016 a 17 agosto de 2016
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Modalidade à distância - 56 horas a distância
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Presencial - 12 horas - Seminário de abertura 4 horas e aula de presencial de oito horas
Informações importantes
Este curso é gratuito sendo necessário o estudante adquirir o material didático para leitura, isto é os livros, a saber:
RAMATIS, Jacino. O branqueamento do trabalho. São Paulo: Nefertiti Editora, 2008
(R$30,00)
RAMATIS, Jacino Transição e exclusão: o negro no mercado de trabalho em São Paulo pós-abolição - 1912/1920. São Paulo. Nefertiti Editora, 2014
(R$35,00)
PINTO, Elisabete Ap. Etnicidade, Gênero e Educação: Trajetória de vida de Laudelina de Campos Mello. Editora Anita e Casa Laudelina (2015) (R$60,00) Edição simples
(R$ 35,00)
TOTAL DO INVESTIMENTO: R$ 100,00 (CEM REAIS)
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Este curso requer uma dedicação de, ao menos, 3 horas semanais para o estudo dos conteúdos e a realização dos exercícios.
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A partir de 15 de junho, a cada 4ª. feira (a partir das 14h), estará disponível uma nova aula na plataforma MOODLE.
Critérios de Avaliação
Para a aprovação do curso o aluno deverá, por meio da plataforma:
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realizar as atividades sugeridas;
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realizar 70% do total de exercícios indicados durante as aulas e
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obter nota igual ou superior a 5,0 (sete).
Observação: A inobservância dos critérios apresentados acarretará a não conclusão do curso.
Certificados
Terão direito ao certificado de conclusão do curso de extensão os cursistas que tiverem aproveitamento satisfatório, conforme e que obtiverem nota igual ou superior a 5,0 (cinco). Os concluintes receberão certificado digital com sua nota e o total de horas correspondentes ao curso. O prazo para impressão do certificado (disponível na plataforma) é de até 60 (sessenta) dias a partir da conclusão dos cursos pelos participantes e da correção da Avaliação Final (quando houver).
Local
Nesta primeira edição as aulas presencias serão ministradas nas cidades de Salvador e São Paulo
Organização e Parcerias
Núcleo de Gênero Raça/Etnia do Curso de Serviço Social da PUCSP
Bibliografia
Leitura Básica
RAMATIS, Jacino. O branqueamento do trabalho. São Paulo: Nefertiti Editora, 2008
__________Transição e exclusão: o negro no mercado de trabalho em São Paulo pós-abolição - 1912/1920. São Paulo. Nefertiti Editora, 2014
PINTO, Elisabete Ap. Etnicidade, Gênero e Educação: Trajetória de vida de Laudelina de Campos Mello. São Paulo. Anita Garibaldi e Casa Laudelina de Campos Mello - 2015.
Leitura Complementar
AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Onda Negra, Medo Branco; O Negro no Imaginário das Elites – Século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
BARRETO, Vanda S.; SANTOS, Luiz C. C. Chefias femininas na RMS: a persistências das desigualdades entre negras e brancas. Disponível em <www.sei.ba.gov.br/.../chefias_femininas_rms.pdf>. Acesso em fevereiro de 2015.
BRITO, Angela E. Lares negros olhares negros: identidade e socialização em famílias negras e inter-raciais. Serviço social em Revista, vol. 15, n. 2, 2013. Disponível em <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/15305>. Acesso em fevereiro de 2015.
BUONICORE, Augusto C. O Partido Comunista e o Problema Racial no Brasil (1922-1935). Primeira Parte. Disponível em <http://grabois.org.br/portal/revista.int.php?id_sessao=21&id_publicacao=5726&id_indice=4474>.
CABÚS, Ligia. Mitologia judaica. A Lenda dos 36 Justos. 20 de fevereiro de 2012. Tradução, pesquisa e adaptação: <http://www.sofadasala.com/lendas/lendados36justos.htm>.
CASTRO, Hebe Maria Mattos de. Das Cores do Silêncio: Os Significados da Liberdade no Sudeste Escravista – Brasil Século XIX. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1995.
COSTA, Emilia Viotti da. Da Senzala a Colônia. (1966) 5a. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e Poder em São Paulo no Século XIX. (1984) São Paulo: Brasiliense, 1995.
FERNANDES, Florestan. A Integração do Negro na Sociedade de Classes. (1964) 3a. ed. São Paulo: Ática, 1978.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Etnicidade: da cultura residual, mas irredutível.
CARVALHO, Maria Rosário G. (org.). Identidade étnica, mobilização política e cidadania. Salvador: UFBA/Empresa Gráfica da Bahia, 1989.
CHADAREVIAN, Pedro C. Raça, classe e revolução no Partido Comunista Brasileiro (1922-1964). Vol. 11, n. 20, 2012. Disponível em <https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/21757984.2012v11n20p255>
CORTES, Cristiane F. R. A. Alteridade e subalternidade em Clarice Lispector e Conceição Evaristo. Literafro. Disponível em <http://www.literafro.ufmgbr/literafro>. Acesso em abril de 2015.
D’ARAUJO, Maria C. Estado, classe trabalhadora e políticas sociais. Anais do XXII Simpósio Nacional de História. João Pessoa, 2003. Disponível em <http://www. file:///C:/Users/USER/Downloads/ANPUH.S22.453.pdf-getulio.pdf>. Acesso em março de 2015.
DE MARTINI, Zélia de Brito F. A escolarização da população negra na cidade de São Paulo nas PLLDL [Primeiras Décadas deste Século]. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, [s/d.]. (Mimeo)
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e Poder em São Paulo no Século XIX. (1984) São Paulo: Brasiliense, 1995.
DOMINGUES, Petrônio José. “Vai ficar tudo preto”: Monteiro Lopes e a cor na política. Novos Estudos CEBRAP (Impresso), vol. 95, p. 59-81, 2013.
__________. Como se fosse Bumerangue Frente Negra Brasileira no circuito transatlântico. Revista Brasileira de Ciências Sociais (Impresso), vol. 28, p. 155-170, 2013.
__________. Diáspora afro-brasileira impressa. Leituras da História, vol. 49, p. 38-43, 2012.
________. "Um desejo infinito de vencer": o protagonismo negro no pós-abolição. Topoi. Rio de Janeiro, vol. 12, p. 118-139, 2011.
__________. Lino Guedes: de filho de ex-escravo a “elite de cor”. Afro-Ásia. UFBA. Impresso, vol. 41, p. 133-166, 2010.
__________. Tudo preto: a invenção do teatro negro no Brasil. Luso-Brazilian Review, vol. 46, p. 113-128, 2009.
__________. Fios de Ariadne: o protagonismo negro no pós-abolição. Anos 90. UFRGS. Impresso, vol. 30, p. 215-250, 2009.
__________. Frentenegrinas: notas de um capítulo da participação feminina na história da luta anti-racista no Brasil. Cadernos Pagu, 28, 2007a, p. 345-374. Disponível em <http://www. file:///C:/Users/USER/Downloads/15.pdf%20-%20frentenegreninas.pdf>. Acesso em março de 2015.
__________. Movimento Negro Brasileiro: alguns apontamentos históricos. 23 Tempo, 2007b, p. 100-122. Disponível em <http://www. file:///C:/Users/USER/Downloads/v12n23a07.pdf-PETRONIO%20-%20UTILIZAR.pdf>. Acesso em março de 2015.
__________. Movimento da Negritude: uma breve reconstrução histórica. Disponível em <http://www. file:///C:/Users/USER/Downloads/PETRONIO,%20Domingues%20-%20Movimento%20da%20negritude.pdf>. Acesso em março de 2015.
__________. A nova abolição: a imprensa negra paulista. Estudos Afro-Asiáticos. UCAM. Impresso, Rio de Janeiro, vol. 26, p. 89-122, 2004.
FERNANDES, Florestan. A Integração do Negro na Sociedade de Classes. (1964) 3a. ed. São Paulo: Ática, 1978.
MACHADO, Maria Helena. O Plano e o Pânico – Os Movimentos Sociais da Década da Abolição. Rio de Janeiro: UFRJ / São Paulo: Edusp, 1994.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil: Identidade Nacional.
SILVA, José Carlos G. Os sub-urbanos e a outra face da cidade. Negros em São Paulo: 1900-1930. Dissertação de Mestrado. Campinas: Unicamp, 1990.
SANTOS, José Carlos Ferreira dos. Nem Tudo era Italiano: São Paulo e Pobreza – 1890-1915. São Paulo: Annablume, 1998.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças. Cientistas, Instituições e Questão Racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.
SOARES, Reinaldo S. Negros de classe média em São Paulo: estilo de vida e identidade negra. Doutorado (Tese). São Paulo, 2004. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Faculdade de Filosofia, Ciencias Humanas e Letras da Universidade de São Paulo. Disponível em <http://www. file:///C:/Users/USER/Downloads/2004_ReinaldodaSilvaSoares.pdf%20-%20O%20Aristocrata%20Clube.pdf>. Acesso em março de 2015.
SOUZA, Irene Sales. O resgate da identidade na travessia do Movimento Negro: arte, cultura e política. Tese de Doutorado. São Paulo: USP, 1991.
SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal, 1983.
VALENTE, Ana L. E. F. Política e relações raciais: os negros e as eleições paulistas de 1982. São Paulo: USP/FFLCH, 1986.
VIEZZER, Moema. O problema não está na mulher. São Paulo: Cortez, 1989.
VON SIMSON, Olga R. de Moraes. A burguesia se diverte no reinado do momo: sessenta anos de evolução do carnaval paulista (1850-1915). Dissertação de Mestrado. São Paulo: USP, 1984.
__________. Brancos e negros no carnaval popular paulistano. Tese de Doutorado. São Paulo: USP, 1989.
DOSCENTES RESPONSÁVEIS
Elisabete Aparecida Pinto
É professora Adjunta I, Assessora da Pró-reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil assumindo o cargo em abril de 2013 até dezembro de 2013. A partir de dezembro de 2013 assumiu a Coordenação de Programas de Assistência Estudantil até agosto de 2014. Coordenadora do Colegiado de Graduação em Serviço Social da Universidade Federal da Bahia (Gestão 2009- 2013). Destaca nessa gestão a elaboração do Projeto Pedagógico do Curso enfatizando a transversalidade das categorias étnico-racial e de gênero. Formada em Serviço Social pela PUC de Campinas (1986), é mestra em Ciências Sociais Aplicada à Educação pela UNICAMP (1993) e doutora em Psicologia Social pela PUC de São Paulo (2004). Sócia fundadora da FALA PRETA! Organização de Mulheres Negras, organização na qual foi vice-presidente e coordenadora da área de pesquisa e coordenadora geral das coleções FALAS PRETAS.
Neste espaço, desenvolveu três grandes pesquisas, uma delas se transformou no livro Ventres Livres: o aborto numa perspectiva étnica e de gênero (2002). A primeira pesquisa realizado foi original e pioneira no contexto do Serviço Social brasileiro. O Serviço Social e a Questão Étnico-Racial: um estudo da relação serviço social e usuários negros transformada no livro O Serviço Social e a Questão Étnico-Racial (um estudo de sua relação com os usuários negros) publicado em 2003 pela Terceira Margem Editora. Organizou o livro Religiões: Tolerância e Igualdade no Espaço da Diversidade (exclusão e inclusão social, étnica e de gênero). Coleção Falas Pretas nº 2 Fala Preta!, São Paulo. 2004. Foi Assistente Técnica da Área Técnica de Saúde de Mulher da Secretaria Municipal de Saúde da cidade de São Paulo e coordenadora da Área Técnica de Saúde da População Negra da SMS. Enquanto coordenadora da Área Técnica de Saúde da População Negra implementou em 2006 o Programa de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Falciformes e Outras Hemoglobinopatias da Cidade de São Paulo. Projeto indicado para o Prêmio São Paulo Gestão. Integra o grupo pesquisa Marx no século XXI e da Linha de Pesquisa Filosofia e Teória Social coordenados pelo Prof. Dr. Mario Castelo Branco. (2009- atual).
Lider do NÚCLEO DE ESTUDOS GÊNERO, RAÇA/ETNIA E GERAÇÃO -NEP-GREG/ CNPQ/UFBA. Desenvolve pesquisa na área de avaliação de políticas públicas com recorte étnico-racial e de gênero. Calaborou pontualmente com o Curso de Gestão em Políticas Publicas com recorte de gênero e raça coordenado pelo NEIM. Recentemente publicou Etnicidade, Gênero e Educação: Trajetória de vida de Laudelina de Campos Mello. São Paulo. Anita Garibaldi e Casa Laudelina de Campos Mello - 2015.
Mariana Puridade
Coordenadora do Núcleo de Apoio ao Estudante do Campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo. Mestra em Psicologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal da Bahia. Possui Especialização em Operadores do Sistema Socioeducativo pela FACIBA (2012.1). Bacharelado em Serviço Social pela Universidade Federal da Bahia (2012.2) e Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (2008.2). É pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Gênero, Raça/Etnia e Geração/ NEPGREG - UFBA. Compõe a Comissão de Estudos e Avaliação do PAPE/ PBP da Universidade Federal de São Paulo. (Texto informado pelo autor)
Ramatis Jacino
Pesquisador do NEP-GREG/UFBA. Professor efetivo da rede publica estadual/SP. Mestre em História Economica pela FFLCH/USP (2007) e Doutor pela mesma Universidade em 2013. Seu foco de pesquisa é o período de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, como os ex-escravizados sobreviviam no novo modelo econômico e como aquela sociedade em construção se comportava em relação aos negros oriundos do cativeiro. Autor de dois livros O branqueamento do trabalho. São Paulo: Nefertiti Editora, 2008 e Transição e exclusão: o negro no mercado de trabalho em São Paulo pós-abolição - 1912/1920. São Paulo. Nefertiti Editora, 2014. Foi Presidente do INSPIR -INSTITUTO SINDICAL INTERAMERICANO PELA IGUALDADE RACIAL de 2012-2014.
É contratado pela Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo - SME/PMSP para ministrar cursos, palestras e oficinas aos professores e professoras da rede pública municipal capacitando-os para aplicação da lei federai 10.639/03, que inclui a história e cultural africana e afrobrasileira nos currículos escolares.
Têm proferido palestras de maneira sistemática em sindicatos, prefeituras e câmaras municipais do interior do estado de São Paulo e em universidades, abordando a escravidão, a construção ideológica do racismo, o período de transição do trabalho escravo para o assalariado, as lutas de resistência a escravidão e a discriminação a qual foi submetida a população negra.
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Atividades de Maio/2016
SEMINÁRIO - O ABORTO LEGAL: UM DIREITO HUMANO DAS MULHERES
Data: 19 de maio de 2016 Horário: das 18h30 às 22h00 Local: Faculdade de Ciências Econômicas (Piedade)
Este seminário se realiza no contexto da disciplina IPSB98 - OFICINA DE ABORDAGENS TÉCNICAS - enfatizando a dimensão ético-política, bem como se organiza pelo compromisso dos estudantes da disciplina na garantia dos direitos das mulheres aos serviços dignos e eficientes no atendimento à violência sexual. Neste sentido, tomamos como base o processo desencadeado no Câmara Federal a partir do Projeto Lei nº 5.069 de autoria do Deputado Eduardo Cunha sob a perspectiva do retrocesso dos direitos historicamente conquistados que impactam na perda da autonomia e liberdade dos corpos femininos pobres e negros, acarretando consequentemente na humilhação, principalmente, das mulheres pobres e negras, bem como na ampliação da razão da mortalidade materna.
Programação:
Mesa Redonda: MULHERES EM SITUAÇÕES DE ABORTO E POLÍTICAS PÚBLICAS: OS DIREITOS CERCEADOS
Expositores:
Solange Gesteira(Profª Drª/Enfermagem-UFBA): Trajetória de mulheres em situação de aborto provocado no discurso sobre a clandestinidade. Bruno Vita (Mestre-NEPGREG): O retrocesso aos direitos humanos das mulheres: o aborto a partir projeto lei n.º 5.069, de 2013 Ana Oliveira (Mestra-Iperba/Sesab): O cotidiano dos serviços de aborto legal
Coordenadora: Lena Souza e Silva (historiadora – movimento de mulheres)
Debatedora: Instituto Odara
Responsável pela disciplina:
Profª Drª Elisabete Aparecida Pinto
Responsáveis:
Alunos da disciplina – IPSB-98 Larissa Marques- Frente Feminista UFBa Gilmara Lisboa – NEPGREG- interseccionalidades de gênero, orientação sexual, raça/etnia, classe social, geração Cristiane Araújo – NEPGREG - Religiões: Respeito e Igualdade no Espaço da Diversidade (exclusão e inclusão social, étnica e de gênero). Os alunos do sexto e sétimo semestre de Serviço Social /disciplina IPSB68.
Atividades de Janeiro/2016
PALESTRA COM PROFESSOR FRAN ESPINOZA
“Bolivia, elite sectorial chola e elite política: As ambivalências do relacionamento”
Fran Espinoza, cientista político, PhD e Estudos Internacionais (menção internacional) Universidade de Deusto, País Basco. Pós-doutorando em Políticas Públicas, UFPR. É membro do Observatório de elites políticas e sociais do Brasil, UFPR. Bolsista CAPES. É membro de FLACSO-Espanha.
Dia: 19 de janeiro de 2016
Horário: 19h00
Local: Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA
Endereço: Praça da Piedade, 06
Organização NEPGREG - Núcleo de Estudos e Pesquisas Gênero, Raça/Etnia e Geração.
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RODA DE CONVERSA COM A PROFESSORA GERI AUGUSTO
“VIVÊNCIAS DIASPÓRICAS: ESTRATEGIAS DE EMPODERAMENTO A PARTIR DAS MÉMORIAS E EXPERIÊNCIAS NEGRAS”
Geri Augusto é ativista pelos direitos humanos, políticos e sociais, também é professora especialista em Relações Públicas e Internacionais, e de Estudos Africanos do WATSON INSTITUTE/BROWN UNIVERSITY.
Dia: 25 de janeiro de 2016
Horário: 18h30
Local: Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA
Endereço: Praça da Piedade, 06- Sala 303
Organização: - Instituto Cultural Steve Biko NEPGREG - Núcleo de Estudos e Pesquisas Gênero, Raça/Etnia e Geração.